
Não chore. Não tema. Mamãe sempre estará com você. Essas palavras foram guardadas no meu coração. Foram ditas quando eu era pequena. Estava correndo com alguns amigos do condomínio e caí ralando meu joelho. Ralei feio, sentia muita dor. Mas o tempo passou. Outras dores vieram. Umas físicas outras emocionais. Sempre havia o colo para chorar. O medo sempre passava. Minha mãe sempre foi minha amiga.
Os anos quando passam trazem desencontros. Trazem desacordos, brigas, tristezas, desavenças. Os anos passaram e a amiga que sempre tive, não estava tão disposta, eu não estava tão disposta, a vida era indisposta.
Mas a gente sente falta, muita falta dos tempos que passam.
-Filha, o café está pronto.
-Só um pouco mãe.
-Filha, pelo amor de Deus, coloque mais blusa: o noticiário falou que a temperatura vai cair.
-Mãe, vamos ver um filme hoje?
-Tenho muita coisa para ler, hoje não tem como.
Minha mãe aos 60 aos caiu em depressão. Foi o momento que larguei tudo que fazia e resolvi me dedicar. Aliás, fazer com que minha mãe se dedicasse a algo. O jornal de uma manhã estampava o rosto de um velhinho japonês. Olhos bondosos e um semblante de felicidade. Não era cansaço, mas os anos já pesavam na aparência.
-Mãe, esse senhor com 71 anos subiu o Everest. Imagine!
Minha mãe era muito ativa, principalmente para alguém com depressão e com 60 anos. Mas subir uma montanha era realmente um prodígio.
Fui ao supermercado depois do almoço, deixei minha mãe dormindo. Quando voltei, ela estava ao telefone.
-Filha, vou começar a fazer dança de salão, o que acha?
-Acho ótimo. Se do outro lado do mundo alguém pode subir o Everest por que você não pode se sacudir?
Minha mãe começou a chorar, o que já era rotina.
-Não chore. Não tema. Eu sempre estarei com você. Você vai melhorar.
Ela enxugou as lágrimas delicadamente e depois me disse que queria que eu vivesse minha vida novamente. Todas as tardes, depois do trabalho, buscava a velhinha faceira nas aulas de dança. Ela conseguiu subir ao topo da vida. Porque o vale em que se encontrava era profundo demais para sobreviver. Agora ela conseguia ver o horizonte. Bem grande.
Os anos quando passam trazem desencontros. Trazem desacordos, brigas, tristezas, desavenças. Os anos passaram e a amiga que sempre tive, não estava tão disposta, eu não estava tão disposta, a vida era indisposta.
Mas a gente sente falta, muita falta dos tempos que passam.
-Filha, o café está pronto.
-Só um pouco mãe.
-Filha, pelo amor de Deus, coloque mais blusa: o noticiário falou que a temperatura vai cair.
-Mãe, vamos ver um filme hoje?
-Tenho muita coisa para ler, hoje não tem como.
Minha mãe aos 60 aos caiu em depressão. Foi o momento que larguei tudo que fazia e resolvi me dedicar. Aliás, fazer com que minha mãe se dedicasse a algo. O jornal de uma manhã estampava o rosto de um velhinho japonês. Olhos bondosos e um semblante de felicidade. Não era cansaço, mas os anos já pesavam na aparência.
-Mãe, esse senhor com 71 anos subiu o Everest. Imagine!
Minha mãe era muito ativa, principalmente para alguém com depressão e com 60 anos. Mas subir uma montanha era realmente um prodígio.
Fui ao supermercado depois do almoço, deixei minha mãe dormindo. Quando voltei, ela estava ao telefone.
-Filha, vou começar a fazer dança de salão, o que acha?
-Acho ótimo. Se do outro lado do mundo alguém pode subir o Everest por que você não pode se sacudir?
Minha mãe começou a chorar, o que já era rotina.
-Não chore. Não tema. Eu sempre estarei com você. Você vai melhorar.
Ela enxugou as lágrimas delicadamente e depois me disse que queria que eu vivesse minha vida novamente. Todas as tardes, depois do trabalho, buscava a velhinha faceira nas aulas de dança. Ela conseguiu subir ao topo da vida. Porque o vale em que se encontrava era profundo demais para sobreviver. Agora ela conseguia ver o horizonte. Bem grande.
4 comentários:
Tadinha da mãe...ela ta muito doente???
Ai...essas pessoas que não sabem fazer de conta...
=D
Brincando manenhá!
Amo você!
Melhor eu ficar quieta
Até ei acreditei que era verdade... bléeeeeeee...
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