As altas chaminés
Chamam a chama pra dentro
Depois que os raios tímidos
De um sol ameno
Vão embora serenos
Resta esse fogo mentiroso
Crepitando em cada pedaço
De cada parte do corpo
Nos momentos que o frio
É tomado pela chuva abafada
As altas chaminés
Ficam molhadas e pingam
As folhas choram e caem
Mas, depois de olhar pela janela
Um sorriso de calor se abre
O sol abraçado pelo azul
Erradia caminhos para andar
A chaminé fica na lembrança
De um frio que pode voltar
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