terça-feira, 17 de junho de 2008

O poder da pressão moral

Consolo

O Altruísta estava certa vez chorando quando o Egoísta chega e pergunta:
-Por que você está chorando?
-Ou meu choro te incomoda porque entristece seu caminho ou porque se importa comigo?
-Curiosidade.
-O que fará com a resposta?
-Vou me alimentar de satisfação por saber.
-Certo. Te conto porque choro, se vai ficar alegre, mas você se importaria se fosse com algo sério?
-Sim, claro.
-Se importaria momentaneamente, mas enfim. Choro porque uma amiga, Tristeza, está agora no hospital ao lado do leito de morte de quem lhe fez feliz por várias vezes.
-Você chora pelo azar de uma amiga?
-Não poderia chorar quando estava lá, há pouco, junto com ela. Estava lhe dando força. Sabe, quando ela conheceu o Amor foi tudo diferente. Agora ele vai embora.
-Cheguei a conhecer o Amor, mas nunca mais o vi. Como ele pôde mudá-la desse jeito?
-É o poder do Amor quando ele lhe dizia sobre doação.
-É, já soube sobre a força que o Amor sempre despertou nas pessoas.
-É, eu gostaria de ter essa força, que faz com que as pessoas façam coisas que não fariam, que dêem para o amado de bom coração o que não dariam para mais ninguém. Que faz brotar nas pessoas os mais maravilhosos gestos de doação.
-Mas não tem como ser o Amor, nem mesmo ter a força dele.
-Por isso que choro, eu, o Altruísmo, não conseguirei substituir o Amor para consolar a Tristeza.
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O Estado é uma entidade que prejudica o desenvolvimento de apoio mútuo. Ao absorver as funções sociais, fatalmente, favorece o desenvolvimento do individualismo desenfreado. A medida que os deveres do cidadão são transferidos para o Estado, os cidadãos, evidentemente, se libertam de alguns deveres. O resultado obtido foi que na vida, na lei, na ciência, na religão triunfou a afirmação de que cada um pode e deve procurar sua própria felicidade, sem prestar atenção alguma nas necessidades alheias.
-Piotr Alexeievich Kropotkin (1842-1921)-

Erich Fromm (1900-1980), psicólogo, psicanalista e humanista pertencente ao Instituto Social da Universidade de Frankfurt, dizia que para encontrar o bom caminho, além do desespero, nós, seres humanos, devemos expandir nossos corações, assim como temos expandidos nossos cérebros.

2 comentários:

Unknown disse...

eu num li mas estou comentando
hauahauahuah

Rodolfo Stancki disse...

Eu li e fiquei rodeado com algumas angústias que parecem suas...
Desculpe...

Não esqueça que eu amo você!
Beijos!