segunda-feira, 3 de março de 2008

Atuar no jornalismo é essencial para magistério

"O mercado está saturado", é uma das frases que o estudante de jornalismo mais ouve durante a faculdade. Chama-se de mercado as redações de jornal impresso, televisão, rádio e assessorias de imprensa. A mesma pessoa que afirma que o mercado está saturado faz parte de um outro nicho para o jornalista: a vida acadêmica.Muitos cansaram da correria das redações, estão em busca de melhores salários ou, como no caso de Maura Martins, professora na Unibrasil, sempre teve como foco a pesquisa. "Eu trabalhei como jornalista, mas depois que entrei para a vida acadêmica sempre tive regime de exclusividade".Alessandra Ferreira, jornalista e professora na Universidade Tuiuti e Faculdade Opet, afirma que o mercado para quem quer lecionar está tão saturado quanto o mercado convencional. “Depois de trabalhar com o jornalismo, a pesquisa acadêmica é um grande desenvolvimento pessoal, além do que, são necessários jornalistas na área de pesquisa”.Depois de 13 anos, trabalhando como jornalista, Paulo Cajazeira, professor na Universidade Federal do Paraná, Faculdade Opet e Unibrasil, optou por dedicar-se exclusivamente aos estudantes de jornalismo. “Você precisa estudar muito, fazer especialização, porém tem vantagens, como ter horários mais certos e estabilidade”.“Nenhum dos dois é fácil”, afirma Luciane Antoniutti, professora na Unicenp, IBEPEX e Universidade Estadual de Ponta Grossa, sobre o mercado convencional e o mercado acadêmico. “Além de exigir a atualização como jornalista, sobre os acontecimentos do dia-a-dia, você precisa estar atento à sua disciplina; no meu caso, por exemplo, novas tecnologias, que sempre mudam”.A dica da professora e jornalista, para quem pretende seguir o magistério, é que “a prática é essencial para a teoria”. É preciso passar por redações, televisão, assessoria, rádio, antes de entrar em sala de aula. Ou seja, para ensinar jornalismo tem que ser jornalista por primeiro.O currículo de um professor universitário exige pelo menos uma especialização. Nesse caso a hora aula é em média R$17. Para mestres pode variar de R$28 a R$43. Vale lembrar que o piso salarial do jornalista paranaense é de R$1.832,79. O jeito é começar devagar e de baixo.

Texto que consta também no blog de produção jornalística
o porvilho do povo